Coloco aqui o original da newsletter da SUMAÚMA. Um relato potente – e até repetitivo, pois tem muito tempo que acompanho a mesma fala da Eliane Brum e de tantos outros que lidam com o cotidiano da floresta. Mas não conseguimos avançar. Vale a leitura na íntegra.
Em um pais que passa fome, como pode ser natural esta situação?
Fedemos a crime
Faltam água e ar puro na maior floresta tropical do planeta, a fumaça das queimadas toma conta de regiões da Amazônia, os eventos extremos se multiplicam e cientistas alertam: estamos entrando ‘num domínio desconhecido que ninguém jamais testemunhou na história da humanidade’
“Por “software livre” devemos entender aquele software que respeita a liberdade e senso de comunidade dos usuários. Grosso modo, isso significa que os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. Assim sendo, “software livre” é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, pense em “liberdade de expressão”, não em “cerveja grátis”. Por vezes chamamos de “libre software” para mostrar que livre não significa grátis, pegando emprestado a palavra em francês ou espanhol para “livre”, para reforçar o entendimento de que não nos referimos a software como grátis.”
Este é um retrato do Brasil no últimos 10 anos. A comparação entre os dados obtidos a partir dos números demográficos mostra, mais uma vez, como é importante a construção de políticas públicas a partir dos números extraídos da realidade.
Regiões ignoradas pelo governo, como o vale do Jequitinhonha no norte de MG mostram uma clara desaceleração na ocupação.
Nas áreas do AP onde está havendo ocupação de áreas por conta da soja e celulose, percebe-se um grande crescimento demográfico (sem que haja estrutura ou política pública para amparar este movimento). No sul e leste do AP (município de Laranjal do Jari), já tivemos um dos maiores projetos de celulose do pais, que vem experimentando o seu ocaso nos últimos 10 anos.
Por isto a importância do Estado como direcionador das ocupações sociais e partilha dos recursos naturais e econômicos por parte da população.
O capítulo brasileiro do Creative Commons é uma organização sem fins lucrativos que permite o compartilhamento e uso da criatividade e do conhecimento através de instrumentos jurídicos gratuitos – as licenças CC. A página do projeto, no Brasil, tem bastante material sobre o uso das licenças, tutorial para ajudar a escolher as licenças e material de mídia para explicitar a licença utilizada.
O Creative Commons Brasil lançou, em 2021, a primeira cartilha sobre licenças livres, chamada “O que você precisa saber sobre Licenças CC”. Ela foi pensada para todas as pessoas que queiram conhecer os conceitos fundamentais de direito autoral e de licenciamento livre, e utilizar obras em Creative Commons ou licenciar suas obras.
Você pode consultar também esta cartilha que é bem didática:
CARVALHO, Bruno Leal Pastor de . Novo livro sobre a ditadura militar brasileira tem download gratuito (Notícia). In: Café História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/livro-ditadura-no-cinema-download-gratuito/. Publicado em: 15 mai. 2020. ISSN: 2674-5917. Acesso: 02mar 2023.
“O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar ou que poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si mesmo. Assim, não está submisso a ninguém ou está submisso apenas a si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa auto exploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. Essa autorreferencialidade gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das estruturas coercitivas que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal.” (Byung-Chul Han)
“Por falta de repouso nossa civilização caminha para uma nova barbárie. Em nenhuma outra época os ativos, isto é, os inquietos, valeram tanto. Assim, pertence às correções necessárias a serem tomadas quanto ao caráter da humanidade fortalecer em grande medida o elemento contemplativo”. (NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano).
Tenso e intenso, como lâmina e flor, o Carnaval assusta porque nós coloca diante do assombro da vida. Num mundo cada vez mais individualista, o Carnaval assusta porque afronta a decadência da vida em grupo, reaviva laços contrários à diluição comunitária, fortalece pertencimentos e sociabilidades e cria redes de proteção social nas frestas do desencanto. A festa é coisa de desocupados? Fale isso para as trabalhadoras e trabalhadores da folia. O carnaval é também, para muita gente tratada como sobra vivente, alternativa de sobrevivência material, afetiva e espiritual. Escolas de samba, por exemplo, constituíram-se como instituições comunitárias das populações afro-descendentes. Possuem ainda, mesmo com todos os dilemas, setores orgânicos que a partir delas elaboram sentidos de interação de mundo. Por isso afirmei que o carnaval está sob ataque faz tempo: os higienistas da casa grande querem eliminá-lo, os tubarões do mercado querem gentrificá-lo, os mercadores da fé querem atrelá-lo ao imaginário do pecado. O Brasil não inventou o Carnaval, é certo. Mas o povo do Brasil vivenciou de tal forma o Carnaval (na pluralidade de suas manifestações) que ocorreu o inverso: foi o Carnaval que inventou um país possível e original, às margens do projeto de horror que historicamente nos constituiu. É perturbador para certo Brasil – individualista, excludente, sisudo, inimigo das diversidades, trancafiado – lidar com uma festa coletiva, inclusiva,alegre, diversa e rueira. Tenso e intenso, como lâmina e flor, o Carnaval assusta porque nos coloca diante do assombro da vida.