24.DEZ
2023
Saímos de Almenara no dia 24/12. Enfrentamos a saga dos buracos de Guaranilândia e Itaobim. Muitos trechos melhores, outros nem tanto e, como não podia ser, umas partes muito ruins mesmo.
Como era dia 24/12 – um domingo, boa parte do comércio estava fechado. Chegamos a Araçuaí no meio da tarde e ficamos na pousada das Araras. O calor estava insano.
Local muito sossegado, ainda mais se pensarmos que na pousada éramos nós e mais uma família. Estrutura muito organizada e um café da manhã muito honesto. Lutamos para achar algum lugar para fazer um lanche ou alguém que entregasse alguma coisa, mas tivemos que nos contentar com um miojo de copo, que conseguimos comprar no supermercado que ficou aberto até as 18h00.
Saímos de manhã em direção a Diamantina. Os buracos ficaram para trás, o que foi um grande alívio (principalmente para as costas). Na estrada, nem uma viva alma. Estrada muito vazia. Como o percurso tinha muitas curvas, sem acostamento e pontos de ultrapassagem, isto foi um aspecto muito positivo (mas o contraponto é que se precisássemos de algum suporte, teríamos que aguardar o outro dia, porque tudo fechado e o celular também estava operando no modo feriado de natal.
Lembramos do Amapá quando passamos por duas pontes de madeira e alguns pequenos trechos de terra no meio das cidades que passamos. A medida que Diamantina chegava mais perto, tinha duas paisagens que se alternavam: o relevo, com uma grande chapada margeando a rodovia e, as cidades que retomavam a memória de um Brasil colonial parado no tempo. Estamos numa altitude considerável e pudemos ter a grata satisfação de contemplar as muitas montanhas de Minas. Eram Gerais mesmo!
Paramos num posto de gasolina e vimos algumas coisas de artesanato, meio que uma transição entre o artesanato do Jequitinhonha e algumas coisas mais conhecidas do miolo de Minas. Mas a ideia era escapar do comércio fechado e aproveitamos para comer uma comida caseira, mesmo que de beira de estrada.
Em Diamantina, como previsto, sofremos também com o comércio fechado por conta do feriado de natal. A pousada que ficamos (Pousada da Seresta) – uma indicação do Leo e da Karine – nos acomodou super bem e nos poupou das escadas. Quanto a isto vale um registro. Como Diamantina tem muito dos casarões coloniais, as opções são na grande maioria com dois andares, sem elevador e, claro, com direito a escada. As escolhas eram sempre complexas pois se o café da manhã era em baixo, os quartos eram em cima; se, no modelo inverso, café da manhã no terraço com vista panorâmica, os quartos ficavam na parte de baixo mas as escadas continuavam fazendo parte do combo.
Eramos só dois hóspedes e nos ajudaram oferecendo um café da manhã em ambiente alternativo ao que o café é oferecido. Assim, conseguimos ficar em baixo, com café na parte de baixo. Um café bem com a cara de café colonial.
O centro histórico é muito bacana com grandes casarões, ruas de pedras enormes e todo o imaginário que remonta ao Brasil colônia.
Os museus, abririam só no outro dia. A visita pelo centro demandaria uma energia que não tínhamos neste momento. Assim, para não dizer que não vimos nada, fizemos este pequeno registro.
No dia 26/12 já queríamos estar na estrada em direção a BH (a saudade tem preferência sobre uma meia dúzia de cliques). Mas ainda voltaremos a Diamantina.