Antes de ir a Tiradentes, optamos por passar um dia em Inhotim (um espaço que harmoniza museu de arte contemporânea e Jardim Botânico, numa pegada bem interessante – você caminha imerso numa natureza exuberante e faz incursões em galerias/exposições muito bacanas). Como sempre, um local de muitas possibilidades. Para quem nunca foi, aqui tem um tira gosto (explore Inhotim). Tínhamos visitado antes (veja aqui algumas fotos). Mas nada se compara com a visita presencial. Pela hora que chegamos não conseguimos alugar um transporte (Inhotim tem uns carros elétricos que circulam pelas rotas do parque). Se pensar que a área do parque é de 140 hectares, pode ajudar muito quem deseja visitar muitos lugares. Os ingressos estavam em 50 reais por pessoa. Nosso grupo se beneficiou da meia entrada para idosos, pois tínhamos três nesta condição (quase me beneficiei, mas voltarei em 2025 para usufruir do meu direito ;)).

De posse do mapa suspendemos a busca por natureza e galeria e fomos atrás de um almoço. Achamos um self-service com muitas opções, mas com preço padrão turista.

De volta às explorações tivemos a grata oportunidade de visitar uma galeria fruto de uma parceria de Inhotim com o Ipeafro (Instituto de Pesquisas e estudos Afro-Brasileiros). Com uma curadoria compartilhada, disponibilizaram uma parte do acervo de Abdias do Nascimento, uma referência importante nos estudos e resistência do movimento Afro-Brasileiro. Inclusive, havia outros espaços nas demais galerias, reforçando o quilombismo, o movimento negro e suas diferentes manifestações culturais. Vimos algumas imagens do mestre Didi, na instalação Os Iniciados no Mistério Nunca Morrem. Um projeto muito amplo. Fiquei muito surpreso.

Talvez Heráclito tenha visitado Inhotim em sua dialética infindável. Pois cada vez que visito Inhotim, visito outro Inhotim e nunca sou o mesmo que começou a visita.