Uabtuba

Ubatuba foi a nossa opção de praia. A logística da proximidade com o aeroporto de Guarulhos e a continuação para o noroeste paulista depois que a excursão fosse desfeita, foi um dos critérios que usamos. A possibilidade de ubachuva ajudaria no clima, evitando temperaturas muito agressivas para o pessoal. Esta tese se mostrou verdadeira em parte.

Rapidamente fomos sendo assaltados nos pedágios, pagamos 10x mais que o já pago na Fernão Dias. São Paulo sempre foi meio sem noção para cobrar pedágios. E a ideia de que devam estar distantes 50km, uns dos outros, não existe na prática. E a qualidade das estradas não era tão melhor que justificasse o valor.

Mas quando o assunto é cobrança, sempre há uma meta a ser batida. Ubatuba tem uma Taxa de Preservação Ambiental. A ideia é minimizar o impacto ambiental mediante ações por parte da prefeitura. Cobra-se 13 reais por dia/carro durante o período de estadia. Existe um aplicativo com muitos problemas para facilitar a cobrança. Ele pede placa, renavam e CPF do proprietário do veículo. Depois de algumas tentativas, em dias diferentes, consegui validar o meu cadastro e já estava registrado o meu ingresso na cidade. Paguei os 65 reais por cartão de crédito. Os moradores com emplacamento local são isentos, mas parece que não é tarefa fácil conseguir a isenção. Certo é que são ávidos de cobrança, mas não vi nenhum dado transparente do montante arrecadado e de sua aplicação. Minha sensação é de que falta mais controle e seriedade no trato da coisa.

Ficamos em um condomínio na praia do Lázaro. O condomínio vai até a areia da praia. Muitas casas avançando sobre a areia, sem uma rua ou avenida sequer que pudesse divisar a orla. O mercado imobiliário é selvagem por natureza. Na entrada do condomínio existe uma passagem para outros usuários, posto que o acesso a praia (ainda é) público. Mas tem cancelas para carro e outros dificultadores sutis. Vimos outras praias próximas, mas a dinâmica da ocupação do espaço é da mesma forma.

Os congestionamentos na BR 101 continuam históricos (desde que me lembro dos idos de 1970, quando frequentava o litoral do RJ em visita a meus avós). Quaisquer 16 km significam 45 minutos a uma hora.

A natureza continua muito bonito, naquilo que ainda tem de preservada. Me abstive da praia várias vezes, pois eu e o sol não somos parceiros. Das muvucas também não sou adepto. Mas gosto muito do sossego e da cerveja, no conforto da varanda. Bom para todos desta forma.